POR CARLOS CARVALHO
FOTOS WATERPOLOWEB E SITE DO RECCODE RECCO, ITÁLIA
Recco deixa a vitória escapar!
Jogando em casa, o Recco perdeu uma excelente oportunidade de dar um grande passo a conquista do bi-Campeonato Italiano. Perdeu a partida por 12x11, nos pênalitis, com parciais de 1x2 - 3x2 - 3x1 - 0x2, no tempo normal; 0x0, na prorrogação e, finalmente, a vitória do Posilipo por 5x4, nos pênaltis. Pelo regulamento, em todas as partidas finais tem que haver um vencedor, portanto, nada de empates.
Galera, pensei que seria difícil eu ver em um mesmo dia jogadores do nível de Kasas, Madaras e Vujasinovic jogarem todos mal - bastante abaixo do potencial de jogo normal. Pois foi o que aconteceu !
O jogo começou todo favorável ao Posilipo que, com uma forte marcação pressão, não deixava o Recco jogar. Os centros adversários, Calcaterra e Deserti, simplesmente não atuaram. E o pior; não conseguiam se posicionar nos 2m, deixando para a equipe poucas opções de ataque. No início de jogo, o que se viu foi muita precipitação no ataque do Recco. Com isso, o Posilipo abriu 4x1 e todos na piscina achavam que o Recco estava vencido.
A partir do meio do segundo quarto, empurrado pela torcida que lotava as arquibancadas e com os jogadores que vieram do banco, o Recco cresceu e terminou o tempo empatado em 4x4 – gol de empate marcado pelo Sotanni.
Na volta para o terceiro quarto, o que se viu foi um Recco mais tranquilo; melhorou a marcação, alternando pressão com zona, o ataque fluiu bem, os centros produziram e, com isso, a equipe começou a dominar o jogo. Porém, aos 30s do final do quarto aconteceu o lance que mudou o destino do jogo. O placar estava 6x5 para o Recco, o Posilipo no ataque, quando o juiz apitou uma falta de ataque do centro do Posilipo, Boris Zlokovic. Uma pausa: este jogador é de Montenegro, tem apenas 24 anos e esta sendo considerado o melhor centro do mundo na atualidade. O cara e fantástico!!
Mas, continuando, quando o juiz reverteu a bola, o centro estava embaixo d’água e quando subiu, com o jogo parado, jogou o cotovelo para trás. O árbitro parou o jogo e deu expulsão definitiva, sem direito. Vocês imaginam o que aconteceu. O banco do Posilipo partiu para cima dos árbitros, foi uma confusão incrível. O jogo ficou parado por uns sete ou oito minutos. Os três membros da comissão técnica do Posilipo foram expulsos do banco.
Reinicio de jogo - segundo a regra, expulsão definitiva, sem direito, resulta em pênalti e o jogador substituto fica fora por 4 minutos. O Reco cobrou, fez o gol e abriu 2 gols de vantagem.
Neste momento, ninguém na piscina tinha dúvida de que a vitória estava nas mãos do Recco. O time tinha praticamente metade do último quarto com um homem a mais no jogo, havia vantagem de gols e, com os jogadores que têm, podia se afirmar que estava tudo certo.
Pois bem, aí aconteceu o que ninguém poderia supor. Nos três minutos e meio restantes de homem a mais favorável ao Recco, o time não marcou mais nenhum gol, e para completar ainda levou um. Com a diferença de um gol apenas, equipes completas, o Recco continuava a perder gols sem parar e a desperdiçar homens a mais - teve 13 a favor e so converteu 3. Não esquecendo que a equipe ficou 4 minutos com jogador a mais e também não marcou gol.
O Posilipo veio para cima, empatou e virou o jogo. O Recco ainda conseguiu empatar a partida, quando faltava aproximadamente 1min40 para o fim do jogo. Foram para a prorrogação – dois tempos de 3min - e continuou tudo na mesma; o Recco desperdiçando oportunidades para vencer o jogo. Como ninguém marcou na prorrogação, a partida foi para os pênaltis, com cinco cobranças convertidas pelo Posilipo e a última do Recco desperdiçada, com uma bola na trave de Angelini.
Minha sensação sobre o jogo e que o Recco entrou achando que não teria dificuldades para vencer o partida. Levou um susto. Não conseguiu jogar. A equipe foi alterada, os jogadores que entraram vieram com outro espírito e a equipe empatou o jogo. Os titulares retornaram, e ai acho que foi o grande pecado do Recco. Os titulares estavam muito mal, em especial Kasas e Madaras. Precipitavam em demasia no ataque, forçavam muito, inclusive dando vários contra-ataques ao Posilipo. No homem a mais, os dois, grandes chutadores nada fizeram. E o Recco, durante todo o quarto quarto mais a prorrogação, não usou os jogadores do banco que viraram a partida. Basta notarmos que metade dos gols do Recco no tempo normal, que acabou em 8x8, foram feitos pelos jogadores que vieram do banco, tão bons quanto os titulares. O Recco insistiu até o final com a equipe titular e perdeu o jogo.
Depois deste resultado, a decisão fica empatada, cada um dos times com uma vitória. E a festa continua; dia 8 de junho, em Nápolis, acontece a terceira partida da final. Abs e até lá!
Carlinhos
Observações: Vou fazer, aqui, pequenas observações minhas sobre a arbitragem das três partidas que presenciei da série A1. Antes de tudo, quero repetir, são observações! Não são comparações e nem críticas a nossa arbitragem. Apenas observações, pois acho que são conceitos diferentes, apesar da regra ser a mesma.Galera, pensei que seria difícil eu ver em um mesmo dia jogadores do nível de Kasas, Madaras e Vujasinovic jogarem todos mal - bastante abaixo do potencial de jogo normal. Pois foi o que aconteceu !
O jogo começou todo favorável ao Posilipo que, com uma forte marcação pressão, não deixava o Recco jogar. Os centros adversários, Calcaterra e Deserti, simplesmente não atuaram. E o pior; não conseguiam se posicionar nos 2m, deixando para a equipe poucas opções de ataque. No início de jogo, o que se viu foi muita precipitação no ataque do Recco. Com isso, o Posilipo abriu 4x1 e todos na piscina achavam que o Recco estava vencido.
A partir do meio do segundo quarto, empurrado pela torcida que lotava as arquibancadas e com os jogadores que vieram do banco, o Recco cresceu e terminou o tempo empatado em 4x4 – gol de empate marcado pelo Sotanni.
Na volta para o terceiro quarto, o que se viu foi um Recco mais tranquilo; melhorou a marcação, alternando pressão com zona, o ataque fluiu bem, os centros produziram e, com isso, a equipe começou a dominar o jogo. Porém, aos 30s do final do quarto aconteceu o lance que mudou o destino do jogo. O placar estava 6x5 para o Recco, o Posilipo no ataque, quando o juiz apitou uma falta de ataque do centro do Posilipo, Boris Zlokovic. Uma pausa: este jogador é de Montenegro, tem apenas 24 anos e esta sendo considerado o melhor centro do mundo na atualidade. O cara e fantástico!!
Mas, continuando, quando o juiz reverteu a bola, o centro estava embaixo d’água e quando subiu, com o jogo parado, jogou o cotovelo para trás. O árbitro parou o jogo e deu expulsão definitiva, sem direito. Vocês imaginam o que aconteceu. O banco do Posilipo partiu para cima dos árbitros, foi uma confusão incrível. O jogo ficou parado por uns sete ou oito minutos. Os três membros da comissão técnica do Posilipo foram expulsos do banco.
Reinicio de jogo - segundo a regra, expulsão definitiva, sem direito, resulta em pênalti e o jogador substituto fica fora por 4 minutos. O Reco cobrou, fez o gol e abriu 2 gols de vantagem.
Neste momento, ninguém na piscina tinha dúvida de que a vitória estava nas mãos do Recco. O time tinha praticamente metade do último quarto com um homem a mais no jogo, havia vantagem de gols e, com os jogadores que têm, podia se afirmar que estava tudo certo.
Pois bem, aí aconteceu o que ninguém poderia supor. Nos três minutos e meio restantes de homem a mais favorável ao Recco, o time não marcou mais nenhum gol, e para completar ainda levou um. Com a diferença de um gol apenas, equipes completas, o Recco continuava a perder gols sem parar e a desperdiçar homens a mais - teve 13 a favor e so converteu 3. Não esquecendo que a equipe ficou 4 minutos com jogador a mais e também não marcou gol.
O Posilipo veio para cima, empatou e virou o jogo. O Recco ainda conseguiu empatar a partida, quando faltava aproximadamente 1min40 para o fim do jogo. Foram para a prorrogação – dois tempos de 3min - e continuou tudo na mesma; o Recco desperdiçando oportunidades para vencer o jogo. Como ninguém marcou na prorrogação, a partida foi para os pênaltis, com cinco cobranças convertidas pelo Posilipo e a última do Recco desperdiçada, com uma bola na trave de Angelini.
Minha sensação sobre o jogo e que o Recco entrou achando que não teria dificuldades para vencer o partida. Levou um susto. Não conseguiu jogar. A equipe foi alterada, os jogadores que entraram vieram com outro espírito e a equipe empatou o jogo. Os titulares retornaram, e ai acho que foi o grande pecado do Recco. Os titulares estavam muito mal, em especial Kasas e Madaras. Precipitavam em demasia no ataque, forçavam muito, inclusive dando vários contra-ataques ao Posilipo. No homem a mais, os dois, grandes chutadores nada fizeram. E o Recco, durante todo o quarto quarto mais a prorrogação, não usou os jogadores do banco que viraram a partida. Basta notarmos que metade dos gols do Recco no tempo normal, que acabou em 8x8, foram feitos pelos jogadores que vieram do banco, tão bons quanto os titulares. O Recco insistiu até o final com a equipe titular e perdeu o jogo.
Depois deste resultado, a decisão fica empatada, cada um dos times com uma vitória. E a festa continua; dia 8 de junho, em Nápolis, acontece a terceira partida da final. Abs e até lá!
Carlinhos
No Campeonato Italiano, o intervalo entre o segundo e o terceiro tempos não tem cinco minutos, são apenas dois.
Notei que aqui não se tem o receio de marcar expulsão definitiva sem direito, principalmente em jogadas paradas.
Nas três partidas que assisti até agora pelas semifinais e finais, aconteceram 71 expulsões – com somente uma única expulsão dupla.
O atleta expulso definitivo por brutalidade, além de ir a julgamento, pega dois jogos de suspensão automática.
Os membros da comissão técnica, quando levam cartão vermelho, nem sempre são suspensos automaticamente por um jogo - depende muito do motivo e da gravidade da ocorrência. Se foi por causa de um protesto verbal, sem ofensas, voltam no jogo seguinte.
Na parte disciplinar, o clube e responsável por tudo - comportamento dos atletas, dirigentes e torcedores. Além da punição em jogos, existe a financeira, em forma de multa.
Outro ponto interessante que não sei se e aplicado somente nas finais ou em todo campeonato; além do delegado do jogo que, claro, e da Federação Italiana e pertence a uma cidade diferente daquelas das equipes que estão jogando, existem mais duas pessoas que observam, costantemente, o que acontece durante as partidas – tudo relacionado as torcidas e aos bancos de reserva. E mais, qualquer irregularidade, que é imediatamente comunicada ao delegado o jogo. Mais de 60% das expulsões aconteceram sem bola.
5 comentários:
plagiando a radio globo com seu "veja o jogo ouvindo a radio globo".....vamos lançar o "veja o jogo lendo o carlinhos" muito legal os detalhes
abs
Sergio
Serginho, esqueci de mandar as fotos! Seguem para postagem complementar!
Bjs Cris
PODE MANDAR CRIS.....A LUIZA JÁ DISSE Q VC É MINHA CONCORRENTE...HAHAHA
Carlinhos,
não sei não, acho que você virou repórter!!! Muito boa a cobertura!
beijos!
Lilian
carlinhos, na boa, espero que vc leve seus dedos a exaustão e não pare de escrever. as observações são muito legais, ainda mais quando acompanhadas pelo vídeo. parabéns e obrigado.
abs
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