Redicecionamento

terça-feira, 24 de abril de 2007

FALA NORDESTE!!!

Carlos Carvalho, nosso Carlinhos, bate um senhor papo com Hélcio Brasileiro, do blog Pólo Aquático Ceará. Nessa conversa o pioneiro dos blogueiros de pólo aquático no Brasil e ex-atleta do Fluminense, conta do trabalho de reerguer o WP cearense, fala do independente Circuito Norte-Nordeste, que nessa primeira etapa só não tem equipe do sul do país, se tornando um verdadeiro Circuito Nacional, e muito mais. É ler e curtir!

Aulão para iniciantes no Nautico

CARLINHOS-> Primeiro parabeniza-lo pelo blog e pelo seu esforço em divulgar nossa modalidade. Aproveitando, o que te levou a criar e continuar mantendo um blog de pólo aquático?
HELCIO->
Carlinhos, eu que agradeço pela oportunidade de ser entrevistado por você, um dos nomes de maior destaque da história do Pólo Aquático brasileiro, e por fazer parte do Blog do Fluminense, tão bem cuidado pela super-fera Luiza e equipe. Lembro ainda que foi nessa piscina das Laranjeiras que fiz meus amigos mais próximos e passei momentos que estão entre os melhores da minha vida.

Criei o blog por duas razões: primeiro porque queria trazer referências de fora pro grupo que estávamos montando depois de 15 anos sem Pólo Aquático no Ceará, e que normalmente não teria acesso a informações sobre Pólo Aquático voltadas aos interesses deles, e porque, até pelo meu trabalho, tanto com blogs corporativos para grandes empresas quanto com alunos de baixa renda numa ONG de áudio-visual, sei que blogs são excelentes canais de comunicação em diversos níveis, e queria abrir essa possibilidade.

Minha grande alegria foi ter conseguido despertar o surgimento de outros blogs, que hoje em dia estão com nível profissional, como os blogs do Flu, Tijuca e Paineiras. Juntos, nós estamos criando a nossa própria mídia. Isso é o começo. Vamos fazer muito mais ainda.


CARLINHOS-> Sabemos do seu esforço em promover o Pólo aquático no Ceará. Nos diga como está o pólo por aí e quais as maiores dificuldades que vocês enfrentam?
HELCIO->
Primeiro tenho que dizer que sou o que mais aparece por causa do blog e do Circuito, mas há três caras aqui – Carlinhos, Abreu (primo do Paulo Abreu, o “Su”) e o Alexandre – que são os verdadeiros heróis, nunca faltam e não cansam de tirar dinheiro do bolso pra pagar todo tipo de despesa.

Quando retomamos o Pólo Aquático há um ano e meio, percebemos que seria urgente ter contra quem jogar ou nos dispersaríamos. Procurei comunidades de Pólo Aquático no Orkut, conheci o Diego (Salvador) e fomos buscando lideranças em todos os estados. Assim começou o Circuito.

Ao mesmo tempo tentamos implantar escolinhas em outros clubes. Não foi fácil. Hoje temos o Jefferson no Náutico, o Rodrigo e o Artur no Ari de Sá e o Vilson no Colégio Militar, todos preparadores físicos formandos lutando pra compensar a pouca experiência com muita vontade e dedicação.

Agora veja a diferença. Um garoto da escolinha do Flu treina com o Quito, da seleção brasileira. Depois vai pro infantil e faz coletivo contra os meninos do infanto, que tiveram um bom desempenho em São Paulo, e estão acostumados a treinar com a rapaziada Junior campeã brasileira, além de conviverem no cotidiano com caras como Beto Seabra, Rafael Murad e você. Aqui ainda não há categorias por idade e as referências são muito escassas.

Mesmo com todas as dificuldades, realizamos ou participamos de 13 eventos de Pólo Aquático em um ano e meio, incluindo aulões, jogos na praia e torneios, todos de iniciativa independente, assim como tivemos duas clínicas com a Letícia Furtado e o Ernesto (Jundiaiense), que marcaram as férias com suas famílias em Fortaleza pra conhecer a cidade e nos dar essa inestimável força. 13 eventos em um ano e meio talvez não seja muito, mas é bem mais do que um esporte morto por 15 anos.


CARLINHOS-> Você que acompanha o pólo aquático no norte e nordeste, na sua opinião como está o nível do esporte nessas duas regiões?
HELCIO->
Sobre a região norte não tenho muita referência. Sei que uma equipe amazonense mostrou muito valor no Brasileiro juvenil de João Pessoa. O time do Pará máster tinha fama de desleal e estava afastado. Em Natal eles estarão de volta, com o Maurício puxando uma nova postura. É muito bom tê-los de volta, porque sabemos que são jogadores de qualidade.

Sobre o nordeste, sobra potencial, falta base, não há motivação. Tem caras que você vê jogando e percebe que, num centro de tradição no esporte, teriam sido grandes jogadores. No evento seguinte o cara simplesmente não aparece, porque não tinha com quem treinar e desistiu do esporte.

Em todos os estados há um ou mais abnegados na batalha de aglutinar praticantes. Nomes como Passarinho, Marcus Bolitreau, Diego, Zezinho, Gilson, Thiago, Zé Marcio e muitos outros, essa galera toda faz muito e muito mais faria se tivesse apoio. No Circuito, há um grupo dominante em torno de 40 e um outro de pouco mais de vinte anos puxado pela Malhação. A gente precisa criar estratégias de renovação com muita urgência.

Quem também sempre participa do Circuito é o pessoal de Brasília, que está a um passo à frente do Nordeste em poder de mobilização e qualidade de jogo. A participação deles no Circuito, na minha opinião, é de fundamental importância pra nos motivar e elevar o nível dos nossos times.

CARLINHOS-> No eixo Rio/SP se fala que vocês não participam dos campeonatos nacionais por falta de recursos financeiros. É verdade? É só por isso mesmo?
HELCIO->
De recurso externo em um ano e meio a gente teve R$ 6mil pra realizar a primeira etapa do Circuito, dado pela Secretaria do Esporte e da Juventude. Foram 10 times masculinos e 5 femininos jogando de manhã à noite por 3 dias, não cobramos taxa de inscrição, demos alojamento aos homens, as meninas ficaram em apart-hotéis a um quarteirão da Beira-Mar, todos os participantes receberam kits promocionais com bonés, camisetas e uns brindes, pagamos hospedagem e alimentação de um juiz (os demais foram voluntários), mesários, som, medalhas e troféus, filmagem própria, despesas médicas e hospitalares com um atleta atendido com uma cirurgia de urgência, tivemos grande cobertura de mídia, prestamos conta, devolvemos o troco, conquistamos apoio incondicional da Secretaria, e com o que sobrou de grana de um jogo que eles nos pediram pra organizar na praia e consentimento oficial, abrimos uma poupança que pagará a viagem de nosso time sub18 a Natal, formado por garotada de baixa renda, que não vai gastar nada. Tudo o mais que foi investido saiu dos nossos bolsos. Quem não tem, se o grupo não conseguir, não viaja. Por isso é muito raro, os times repetirem a mesmo equipe em dois eventos, e por isso diminuímos para duas etapas esse ano.

Na verdade Carlinhos, nem sei se a gente precisa ir ao Rio e São Paulo agora pra jogar, a não ser talvez em eventos máster, onde já somos “convertidos”. O desnível é muito grande, o que precisamos é de base. Mil vezes mais importante seria investir numa passagem só para você, ou outro treinador ou jogador de alto nível, a gente arruma casa, comida e roupa lavada, e vamos começar a formar treinadores melhor preparados em todo nordeste, motivar jovens da faculdade de Educação Física a abrir escolinhas em colégios e clubes, gerar emprego e renda, reconhecer o trabalho que a galera faz em todos os estados e turbinar essas iniciativas ainda tão isoladas, mesmo com a aproximação conseguida pelo Circuito.


Helcio (segundo a esquerda) e Brunão (esquerda) junto com as meninas de Brasilia

CARLINHOS-> Você tem sido um crítico em razão dos jogos de Pólo aquático não terem televisionamento, mas principalmente, pelo fato, de não se colocar esses jogos na internet. Nos fale um pouco sobre isso e aproveitando nos dê algumas sugestões que poderiam ser implantadas.
HELCIO->
A cobertura feita pelos blogs no último mundial, aliada à transmissão por uma TV Online na Sérvia, mostrou nossa força. Nunca um evento de Pólo Aquático foi visto em tempo real, muito menos sendo realizado em outro continente.
Nós temos uma produtora de vídeos na Espanha (o grande El Cuervo, compartilhado sem inveja por todos) e fontes de informação no mundo todo! Aqui no Ceará a galera assistiu todos os vídeos do Mundial e já sabe os nomes dos jogadores, tem seus preferidos, aumenta o envolvimento. Quando isso aconteceria sem nossa mobilização? Foi o indício mais claro, pra quem não abriu os olhos ainda, que vivemos uma revolução e temos a escolha de nos beneficiar com ela ou morrermos estagnados. Ricardo Perrone alertou sobre isso em artigo ano passado.

Vejo os vídeos em três vertentes num primeiro momento:

- conferências digitais – faremos uma boa economia em passagens e hospedagens e agilizaremos processos, treinamentos e clínicas. Esses debates inter-estaduais passam a fazer parte do cotidiano.

- escolinhas digitais – fizemos um modelo no blog. Gravei lances e mandei pro Beto Seabra, Quito e Ricardo Perrone, que fizeram suas avaliações e comentários, tudo disponibilizado pra quem quisesse ler e tirar mais dúvidas.

- transmissão ao vivo dos jogos – no artigo Ricardo Perrone falava sobre a transmissão do mundial de surf pelo www.aspworldtour.com . Lembro que no dia em que li, logo em seguida liguei pro Alexandre pra perguntar algo sobre nosso treino e ele estava assistindo à etapa do mundial de surf aqui em Fortaleza. Surfistas do mundo inteiro acompanham, atletas se fortalecem como celebridades, patrocinadores ganham visibilidade e a transmissão, de baixo custo, se torna lucrativa.

Vale lembrar que aqui no blog já provamos que o Pólo Aquático tem adeptos em praticamente todos os estados brasileiros. Que eu me lembre, ainda não fizemos contato com ninguém apenas no Piauí e Maranhão. Mas aposto que tem alguém por lá batalhando pela bolinha amarela. Ao contrário do que dizem, o Pólo Aquático é muito vendável, desde que se tenha uma estratégia de marketing planejada com passos graduais. Daí para ter mais atenção da grande mídia é uma conseqüência natural.

CARLINHOS-> Quais as sugestões que você gostaria de encaminhar para CBDA, visando o desenvolvimento do Pólo Aquático no Norte e Nordeste?
HELCIO->
Eu não queria entrar em polêmica, mas vamos lá. Primeiro acredito que esse modelo de Confederação é arcaico, propício a administrações viciadas, não pautadas por resultados, e sim por lamentáveis projetos de eternização dos presidentes. A CBF é o exemplo mais claro disso.

Quanto a CBDA, primeiro é preciso ter uma postura clara sobre até que ponto há interesse em apoiar o Pólo Aquático. A entidade se destaca entre outras confederações esportivas no que se refere ao apoio à natação. O fato de o Troféu Brasil de Pólo Aquático ter tido quatro dos melhores jogadores da atualidade, trazidos da Espanha por iniciativas particulares, sendo um deles inclusive depois eleito em 2007 o melhor do Mundial, deveria ter sido explorado na mídia, mas não saiu um press-release sequer da CBDA, a mesma entidade que, no mesmo mês, bancou a transmissão ao vivo de um evento de natação Junior durante o Esporte Espetacular. Esse foi um momento simbólico marcante, que deixa claro que a culpa não é dos que estão na frente dando a cara à tapa. O problema é muito mais sério, é estrutural.

Então primeiro tem que se perceber o cenário, fazer um diagnóstico, perceber o que está errado e se há real vontade de mudar algo.
A segunda medida seria aproveitar o pessoal que está na batalha, que sua voluntariamente pelo Pólo Aquático e realiza com ou sem apoio. Vamos reconhecer o que essa galera fez e motiva-los a serem as turbinas desse processo.
A partir daí pode ser criado um planejamento com cronogramas e metas reais de prioridades básicas para cada estado, com análise de viabilidade dentro da merreca que deve ser o orçamento. Eu acredito, que o mais urgente seria a formação de escolinhas e apoio institucional a pequenos eventos.

No Circuito fiz muitos amigos de verdade. A força do Circuito é essa: queremos a mesma coisa e sabemos que temos que nos unir pra fazer. E fazemos. Temos de encontrar uma forma pra canalizar essa força pro mesmo lado que a CBDA. Pra isso é necessária no mínimo à boa vontade de todos.

CARLINHOS-> No gancho da pergunta anterior nos diga, porque a região Norte/Nordeste não apresenta em conjunto suas reivindicações e sugestões para o Pólo Aquático? Você não acha que juntos teriam mais força em suas reivindicações e sugestões?
HELCIO->
Talvez seja um caminho, embora, a princípio, me pareça uma inversão de valores e que cairíamos no velho assistencialismo. Semana passada eu e Abreu fomos à Prefeitura de Fortaleza pedir apoio. O rapaz nos atendeu bem e perguntou o que queríamos, e quanto dinheiro precisávamos.
Era bem intencionado, mas não sabia nada do Pólo Aquático no Ceará nem no mundo. Ele se assustou quando falamos que não queríamos dinheiro, mas que fossem disponibilizadas piscinas públicas e que o pessoal de Educação Física fosse pago pra dar aulas e difundir o esporte, que nós iríamos lá voluntariamente ajudar no que fosse necessário.

Não acredito que o dinheiro público deva ser investido em ações isoladas e não planejadas. Essa é uma distorção muito séria. As federações estão nos estados onde moramos. Umas apóiam o Pólo Aquático com um empenho fantástico, outras solenemente ignoram. Não há critério, é uma decisão pessoal de cada presidente. Até onde sei as federações existem apenas pra apoiar os esportes aquáticos, onde se inclui o Pólo Aquático, e elas têm por obrigação gerir o processo de apoio a essa modalidade.

O supervisor de Pólo Aquático da CBDA, Ricardo Cabral, foi meu treinador no Fluminense há 20 anos, é um cara que tenho certeza que é extremamente sério e apaixonado por Pólo Aquático, e sempre me atendeu muito bem todas as vezes que fiz contato com ele.

Pra pedir uma clínica pra cá, tenho que seguir o caminho burocrático de ter um ofício da Federação local enviado para a CBDA. Não é culpa dele, é regimental, assim que funciona. Só que, no nosso caso, é assim que não funciona, porque a Federação local segue a mesma visão da CBDA e coloca o Pólo Aquático em último plano. Mesmo federando os atletas ano passado, nós não conseguimos a clínica que era prometida no site da CBDA, nem jamais recebemos sequer uma visita de quem quer que seja.

Eu acredito que esteja na hora de começarmos a fortalecer cada estado, de estabelecer metas pro esporte em todo Brasil apoiadas no desenvolvimento local de cada região. Nosso contexto é muito diferente do Rio e São Paulo e nosso planejamento tem que ser diferente. Isso é muito mais barato e eficiente do que pensar por enquanto em grandes eventos nacionais
.

Equipe de master do Ceará

CARLINHOS-> Aqui no Rio de Janeiro temos a informação que todo ano, as federações do Norte/Nordeste pedem para colocar no Calendário competições nessas duas regiões, mas na hora da realização os clubes não se inscrevem? Porque isso acontece? Você não acha que isso tira um pouco da credibilidade de vocês em querer desenvolver o Pólo Aquático?
HELCIO->
Eu estou no Pólo Aquático nordestino há apenas um ano e meio, mas posso te dar a minha percepção, até porque já vi isso acontecer nesse tempo. Representantes de alguns estados reclamam muito de suas federações e se negam a participar de eventos que envolvam essas federações. Infelizmente muitas são eficientes apenas em arrecadar e essa é uma verdade que tem que ser encarada. Os eventos não podem ser vistos como caça-níqueis, que obriguem mais gente a se federar, como se não tivéssemos outra opção (e com o Circuito, nós temos). O objetivo é outro. As federações têm que fomentar o esporte, estar junto pra oferecer clínicas, intercâmbios, assim como pra cobrar quando perceberem algo fora do planejamento. Supostamente, esse é o trabalho delas. E garanto que todos teríamos o maior prazer em estar federados se houvesse uma atuação nesse sentido. O Circuito só existe por uma lacuna deixada por quem deveria promover o esporte.

Vamos a um exemplo: dia desses nos avisaram que vai ter um Norte-Nordeste aqui em Fortaleza com atletas de 13 anos, previsto no calendário da CBDA para agosto. Um evento agendado numa realidade que não existe aqui. Onde foi promovida uma escolinha pra tais atletas? As três escolinhas do Ceará são com professores voluntários tentando criar mercado. Não existem atletas de 13 anos pra realização desse evento em nenhum estado nordestino, porque nunca tivemos apoio pra essas escolinhas. As decisões são arbitrárias, não há diálogo, e o resultado é a carroça na frente dos bois. Será mais um campeonato-fantasma pra coleção. A maioria das federações e, consequentemente a CBDA, estão isolados de quem joga ou quer jogar fora do Rio e São Paulo.

Por outro lado, em Natal, teremos 15 times de todas as regiões do Brasil, exceto do sul, em três categorias, num evento organizado por um rapaz que tem pouco mais de 20 anos. O evento é organizado por e-mails, sem chefe e com todas as decisões conjuntas, sem nenhuma desavença. Em setembro, na Chapada, haverá times de todas as regiões do Brasil, num torneio com anos de tradição, 100% independente, todo mundo acampado e jogando numa lagoa com cachoeira. Um evento único no mundo, no mesmo conceito proposto pelo Diego pro Circuito, de aliar o Pólo Aquático com nosso potencial turístico e situações que possamos agregar nossas famílias.

No Circuito ninguém paga mensalidade, mas paga do próprio bolso pra viajar, se hospedar e comer, e se vira como pode quando realiza uma etapa. Veja que o problema não é apenas o dinheiro pra pagar taxas de federação, é a relação custo-benefício dada ao seu dinheiro. Está provado que gente querendo jogar não falta. É preciso avaliar então o que está errado pra esses eventos “oficiais” não terem ninguém inscrito.


CARLINHOS-> Qual a sua opinião sobre a Confederação passar a organizar campeonatos brasileiros de seleções?
HELCIO->
Minha primeira impressão é que todo intercâmbio é excelente, mas acho que há passos a serem dados antes. Ir pra um evento tomar de 30 e ver a galera tirando onda não educa em nada, só desmotiva. Considero prioritárias clínicas, escolinhas e eventos regionais, fortalecer o espírito de competitividade internamente e melhorar o nível dentro do cenário local.

Sergipe é um excelente exemplo. Um estado sem tradição está fazendo um circuito com 3 etapas e seis times, com regras claras inclusive sobre em que situações podem participar atletas de fora. Em que outro estado brasileiro você tem um evento dessa magnitude? Eles estão provando, num estado sem tanta tradição, que é possível fazer muito quando se tem vontade.


CARLINHOS-> Finalizando, gostaríamos de te agradecer pela entrevista, mas, principalmente pelo seu esforço em prol do nosso Pólo Aquático. A galera do Flu torce para que você e tantos outros abnegados e apaixonados por esse esporte, jamais desistam dele, e pedimos que você deixe uma mensagem final.
HELCIO->
Em nome de todos aqui do Ceará, agradeço ao Kal Aragão, que nos apoiou na Secretaria de Esportes do Governo do Ceará, ao Ruy do Ceará, dirigente que confiou na gente e abriu as portas do Náutico em todos os nossos eventos, a Penalty, que a pedido do Alexandre nos enviou 12 bolas quando começamos (fora às tantas que compramos e as três disponibilizadas pela Federação local no nosso início), a todos do universo do Pólo Aquático que, sem exceção, sempre nos foram solícitos em tudo.

Espero que a gente entre num caminho de entendimento entre todos que desejam o desenvolvimento do Pólo Aquático brasileiro. E que se entenda sem pecado que a gente se empenha nisso simplesmente porque queremos nos divertir, e acreditamos que nenhuma outra atividade nos é tão prazerosa quanto um treininho e o convívio com os amigos.

Ah, e quem quiser vir a Fortaleza, avisa pelo meu e-mail (helcio@fundamentalconteudo.com) que a gente tenta conseguir acomodação. Em troca pedimos apenas que apareça no nosso treino. Acredite quem quiser: temos uma piscina oficial disponível de segunda a sábado em frente à praia e aqui nunca faz frio. Imagina o quanto podemos fazer ainda.

4 comentários:

Sergio Moraes disse...

Parabéns Helcio e Carlinhos. Ótima entrevista. Dá até pra ver uma luz no fim do tunel. BOA SORTE NO CIRCUITO.

abs

Sérgio Moraes

Emir disse...

Hélcio e Carlinhos, parabéns pela entrevista. Gostaria apenas de fazer uma observação. Depois dessa enxurrada de informações passadas pelo Hélcio, será que as pessoas envolvidas na CBDA e nas Confederações do NE continuarão inertes? E os demais estados? O Pólo precisa de uma reestruturação urgente. Não só para atender aos estados menos favorecidos, mas RJ e SP também precisam desta reformulação. Volto a insistir. Enquanto não fizerem uma grande discussão sobre o tema o pólo continuará na mesmice, dependendo da boa vontade daqueles que amam esse esporte.

Unknown disse...

HÉLCIO E CARLINHOS PARABÉNS, TEMOS NESSA ENTREVISTA VÁRIOS FATOS ESCLARECEDORES E GOSTARIA DE AGRADECER PELO INCENTIVO A NÓS AQUI DE SERGIPE QUE APESAR DE SERMOS O MENOR ESTADO DO PÁIS CONSEGUIMOS JUNTAR UM GRUPO FORTE CQ LUTA COM A MESMA INTENÇÃO DE VCS DESENVOLVER O PÓLO AQUÁTICO.
ZEZINHO (SE)

Anônimo disse...

Grande entrevista, parabéns Hélcio e Carlinhos !!!!!
Essa é a nossa realidade !!!!!
O trabalho continua .....
Precisando da gente, estamos sempre por aqui dispostos a ajudar no que for preciso.
Abs

Alexandre de Paula

FLUMINENSE PENTA CAMPEÃO TROFÉU BRASIL 2010

FLUMINENSE PENTA CAMPEÃO TROFÉU BRASIL 2010

FLUMINENSE BI CAMPEÃO ESTADUAL JÚNIOR 2010

FLUMINENSE BI CAMPEÃO ESTADUAL JÚNIOR 2010

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL JUVENIL 2010

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL JUVENIL 2010

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL JÚNIOR 2009

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL JÚNIOR 2009

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO SUB21

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO SUB21

FLUMINENSE TETRA CAMPEÃO TROFÉU BRASIL 2009

FLUMINENSE TETRA CAMPEÃO TROFÉU BRASIL 2009
Gustavo / Sottani / Cesar / Kiko / Quito / Beto / Shalom / Cubano / Jonas / Bernardo / Gabriel / Vujasinovic / Betinho / Heitor / Thye - Técnico: Carlos Carvalho / Assist: George Chaia

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO JÚNIOR 2009

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO JÚNIOR 2009

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU BRASIL SUB-21 / 2008

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU BRASIL SUB-21 / 2008
Participaram da campanha: Thyê, Tomás, Yuri, Cubano, Bernardo, Caio, Rodrigo, Secco, Bernardo Reis, Eric, João, Betinho, Renan, Pedro "Skol", Chico Eiras e Tiririca. Técnico Carlos Carvalho e auxiliar Silvio Telles

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO INFANTO-JUVENIL 2008

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO INFANTO-JUVENIL 2008
Heróis da conquista: Álvaro, Lucas, Bruno, João, Matheus S., Vítor, Guilherme, Matheus, Haroldo e Guilherme. Técnico Quito

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL JUVENIL 2008

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL JUVENIL 2008
Participaram da Campanha os seguintes atletas: Luan, Tarzan, Yuri, Gaspar, Lucas, Pão, Renan, Guilharme, Chico, Eric, Skol, Gabriel, Alvaro, Bruno, Felipe. Técnico Silvio Telles

FLUMINENSE TRI-CAMPEÃO ESTADUAL ADULTO
2006-2007-2008

FLUMINENSE TRI-CAMPEÃO ESTADUAL ADULTO<br>2006-2007-2008
Heróis da 31ª conquista:Marcelinho, Vicente Henriques, Cesinha, Chaia, Quito, Beto, Shalom, Cubano, Braguinha, Gabriel, Mineiro, Betinho, Caio, Nicolas, Guigo, Alfredo e Thyê. Técnico Carlos Carvalho

FLUMINENSE TRI-CAMPEÃO DA TAÇA BRASIL 2008

FLUMINENSE TRI-CAMPEÃO DA TAÇA BRASIL 2008
Heróis da conquista: Marcelinho, Vicente Henriques, Cesinha, Chaia, Quito, Beto Seabra, Shalom, Cubano, Braguinha, Gabriel, Mineiro, Betinho, Caio. Técnico Carlos Carvalho e assistente Silvio Telles

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU BRASIL/CORREIOS 2007

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU BRASIL/CORREIOS 2007
Nossos Heróis: Marcelinho, Paulinho Lacativa, Cesinha, Rick, Mineiro, Beto Seabra, Shalom, Brett, Caio, Rafael Murad, Nicolas, Betinho, Chaia, Thye Mattos, Alfredo soares, Rodrigo Braga, Renan Luna e Gabriel Secco.

FLUMINENSE BI-CAMPEÃO ESTADUAL ADULTO 2007

FLUMINENSE BI-CAMPEÃO ESTADUAL ADULTO 2007
Heróis da 30ª conquista: Marcelinho, Paulinho Lacativa, Cesinha, Rick, Mineiro, Beto Seabra, Shalom, Brett, Caio, Rafael Murad, Nicolas, Betinho, Chaia, Thye Mattos, Alfredo soares, Rodrigo Braga, Renan Luna e Gabriel Secco.

FLUMINENSE CAMPEÃO DA III TAÇA BRASIL 2007

FLUMINENSE CAMPEÃO DA III TAÇA BRASIL 2007
Participaram da competição: Marcelinho, Mineiro, Murad, Cesinha, Caio, Shalom, Quito, Beto Seabra, Betinho, Nicolas, Renan, Gabriel Secco, Rodrigo "Guigo", Rodrigo Alves, Chaia, Liliu, Alfredo e Paulinho Lacativa

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU JOÃO HAVELANGE 2006

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU JOÃO HAVELANGE 2006

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU BRASIL 2006

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU BRASIL 2006

FLUMINENSE CAMPEÃO DA COPA BRASIL JÚNIOR 2006

FLUMINENSE CAMPEÃO DA COPA BRASIL JÚNIOR 2006
Esq para direita: Nicolas, Carlinhos, Bruno, Elcio, Iargo, Daniel, Alfredo, Rodrigo, Tomás, Caio, Renan, Thyê, João, Betinho, Liliu e o técnico Silvio Telles

FLUMINENSE CAMPEÃO
II FESTIVAL ESTADUAL INFANTIL 2006

FLUMINENSE CAMPEÃO<br>II FESTIVAL ESTADUAL INFANTIL 2006
Esq. para dir.: Natália, Amanda, Luca, Felipe, Gabriel, Luiza Moraes, Rafael "pão de queijo", Pedro "skol", Eric, Chico, Debise, Daniel "gaspar" e o técnico André "Quito" Raposo

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU JOÃO HAVELANGE 2003

FLUMINENSE CAMPEÃO DO TROFÉU JOÃO HAVELANGE 2003

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL 1978
Esta equipe foi CAMPEÃ seis vezes seguidas

FLUMINENSE CAMPEÃO ESTADUAL 1978<br>Esta equipe foi CAMPEÃ seis vezes seguidas
Os campeões: Da esquerda para a direita: Perrone, Aluizio, George, Álvaro e o tecnico Claudino: agachados: Jair, Eduardo, Luiz Ricardo e Schimidt.

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO 1968

FLUMINENSE CAMPEÃO BRASILEIRO 1968

FLUMINENSE BI-CAMPEÃO ESTADUAL INVICTO 1953/1954

FLUMINENSE BI-CAMPEÃO ESTADUAL INVICTO 1953/1954

ÍDOLOS DO WATER POLO HOMENAGEADOS NO FLU
06Out2007